Texto Áureo: Ap. 21.8
Leitura
Bíblica: Ap. 20.7-15
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a sequência de eventos
escatológicos que diz respeito aos julgamentos. Destacaremos o julgamento da
besta, que acontecerá antes do Milênio. Após este, veremos que será
estabelecido o juízo do Grande Trono Branco, que está relacionado à Segunda
Ressurreição. Nesta ocasião, os mortos, aqueles que não ressuscitaram no
arrebatamento, ressuscitarão, a fim de comparecerem perante o Supremo Juiz.
1. O JULGAMENTO DA BESTA
O conflito entre Deus e Satanás é um dos temas
centrais no livro do Apocalipse. Em Ap. 19.17-21, temos o relato de uma batalha
entre Cristo e o Anticristo, na qual o Senhor Jesus sairá vitorioso. Nessa
ocasião Cristo virá para julgar as nações, acontecerá a batalha do Armagedon,
quando, conforme está registrado em Ez. 39.20, “a minha mesa vós vos fartareis
de cavalos e de cavaleiros, de valente e de todos os homens de guerra, diz o
Senhor Deus”. Esse versículo está em consonância com Ap. 19.17, no qual se
configura toda a batalha, onde serão servidas carnes de “reis, carnes de
comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes
de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes” (Ap. 19.18).
Esses serão aqueles que fizeram pacto com o Anticristo, que receberam a sua
marca, e que, por conseguinte, se colocaram contra Cristo. Os reis da terra, na
percepção joanina, não passam de marionetes nas mãos do Anticristo. O poder
político é avaliado na condição de regido por Satanás. Por causa disso, “a
besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta, e eles foram lançados vivos
dentro do lado do fogo que arde com enxofre” (Ap. 19.20). O lago do fogo –
geena em grego – diz respeito a um lugar de tormento e escuridão, no qual se
encontrarão todos aqueles que servem a Satanás (Mt. 8.12; 22.13; 25.30; Ap.
20.10,14; 21.8). Por fim, o exército do mal será totalmente destruído com a
“espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo” (Ap. 19.21), que
não é outro, senão o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
2. O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO
BRANCO
Durante o Milênio, Satanás será preso, “depois
disto é necessário que ele seja solto por pouco tempo” (Ap. 20.3), a fim de
provar aqueles que nasceram naquele tempo. Em Ap. 20.7-15 está escrito a
respeito da derrota final de Satanás, pois um dos motivos da sua libertação
será também “seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra” (Ap. 20.7,8).
Gogue e Magogue, símbolos dos povos que se opõem a Deus, serão confrontados
pelo Senhor (Ez. 38.1). Eles serão vencidos, juntamente com o próprio Satanás,
pois “desceu fogo do céu e os consumiu” (Ap. 20.9). Tal como na batalha do
Armagedon, na qual o Anticristo será vencido, o diabo, “foi lançado para dentro
do lago do fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso
profeta” (Ap. 20.10). Não há respaldo para o aniquilacionismo, isto é, a
doutrina de que Satanás será destruído, mas a de que “serão atormentados de dia
e de noite pelos séculos dos séculos”. Aquele que passara mil anos preso no
abismo, agora, sofrerá sua derrota final, a cabeça da serpente é ferida para
sempre (Gn. 3.15). Ele sofrerá uma derrota paulatina, inicialmente será expulso
dos ares para a terra e o mar, no período da Grande Tribulação (Ap. 12.9), será
aprisionado por mil anos (Ap. 20.2), e por fim, será derrotado completamente.
3. A SEGUNDA RESSURREIÇÃO
João viu, então, um Grande Trono Branco, e que
estava “assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se
achou lugar para eles” (Ap. 20.11). Mas antes do Juízo Final, ocorrerá a
Segunda Ressurreição. Em Dn. 12.2, este acontecimento aponta para o período
posterior à Tribulação. Há também a distinção entre aqueles que ressuscitarão
para vida (Jo. 5.28,29), que são bem-aventurados (Ap. 20.6) e aqueles que
ressuscitarão para a morte (Jo. 5.29; Ap. 20.5). Há diferença também de tempo
entre a primeira e a segunda ressurreição, separadas pelo período de mil anos,
justamente antes e depois do Milênio (Ap. 20.11-13). Os que tomam parte na
Primeira Ressurreição são bem-aventurados porque são chamados “sacerdotes de
Deus e de Cristo”, eles têm acesso direto à presença de Deus e também
governarão com Ele durante o Milênio (Ap. 1.56; 5.10). A respeito da Segunda
Ressurreição, João viu “os mortos, os grandes e pequenos, postos em pé diante
do trono” (Ap. 20.12). Os livros das obras serão abertos para julgamento, “deu
o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que
neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap. 20.13).
As obras não contam para a salvação (Ef. 2.8,9), mas para a condenação,
inclusive para a gradação no sofrimento (Ez. 32.21-23; Hb. 10.29). Assim,
aquele “que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de
fogo”, trata-se, portanto, de um julgamento para a condenação, não para a salvação,
já que a igreja foi julgada antecipadamente em Cristo (Rm. 8.1), apenas as suas
obras sofrerão julgamento (I Co. 3.12-15)
CONCLUSÃO
O mundo está entregue ao Maligno, Satanás se
encontra nas regiões celestiais, controlando os poderes, através dos principados
e potestades. Estamos envolvidos nessa batalha espiritual, para tanto, devamos
estar munidos com toda a armadura de Deus (Ef. 6.10-18). Na medida em que
pelejamos, temos a consciência, sobretudo esperança, de que, ao final, Jesus
governará, o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16).
ELABORADO POR: Prof. José Roberto A. Barbosa
BIBLIOGRAFIA
LADD, G. Apocalipse: introdução e
comentário. São Paulo: Vida Nova, 1980.
SILVA, S. P. Apocalipse versículo por
versículo.
Rio de Janeiro: CPAD, 1985FONTE: www.subsidioebd.blogspot.com