sexta-feira, 25 de outubro de 2013

LIDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO

Texto Áureo: Pv. 10.22
Leitura Bíblica: Pv. 3.9,10; 22.3; 24.30-34


INTRODUÇÃO
O livro de Provérbios apresenta vários conselhos a respeito do uso apropriado do dinheiro. Tais orientações são bastante práticas, e úteis para os cristãos dos dias modernos. Na lição de hoje trataremos justamente a respeito desse assunto tão controvertido, e pouco discutido nas igrejas, e quando é feito, nem sempre se considera a totalidade das Escrituras. Por isso, nesta aula, além de abordar a questão do dinheiro em Provérbios, nos voltaremos para algumas orientações práticas, com base no Novo Testamento, em relação às finanças.

1. O DINHEIRO EM PROVÉRBIOS
Por se tratar de um livro de conselhos, Provérbios orienta seus leitores a fim de saberem lidar com situações práticas da vida. Conforme estudamos anteriormente, o autor de Provérbios destaca a importância de apresentar a Deus nossas primícias (Pv. 3.9). A recompensa de Deus, para os israelitas, estava condicionada a atitude de entregar a Ele os primeiros resultados da colheita (Pv. 3.10; 13.21). Como livro de sapiência, a sabedoria, e não o dinheiro, é muito mais importante, pois é a sabedoria que faz a riqueza durar (Pv. 8.18,21), o seu resultado é consideravelmente melhor (Pv. 8.20), somente a partir dela as pessoas poderão usá-lo adequadamente (Pv. 17.16), inclusive para não afadigar buscando riquezas (Pv. 23.4). Não apenas a sabedoria é mais importante que o dinheiro, também uma vida de retidão, atitudes de retidão. As pessoas justas vivem com maior tranquilidade que as desonestas (Pv. 15.16), por isso um homem pobre que não se envolve em negócios escusos é preferível ao rico que vive sem honestidade (Pv. 28.6). Deus geralmente recompensa os justos com dinheiro (Pv. 13.21), mas é melhor ter menos dinheiro e viver em retidão do que ter muito dinheiro resultante de injustiça (Pv. 16.18). Por conseguinte, temer a Deus é bem melhor do que ter dinheiro (Pv. 15.16), na verdade, a humildade, e o temor a Deus, leva o homem a adquirir riquezas (Pv. 22.4). Como já destacamos em outras lições, a diligência é uma característica fundamental para aqueles que querem ter êxito em suas vidas. Os que não se deixam conduzir pela indolência colherão os frutos da prosperidade (Pv. 10.4). A obtenção de dinheiro está atrelada ao trabalho, é através dele que as pessoas adquirem riquezas (Pv. 14.23). A diligência é concretizada em planejamento, não apenas em ações espontaneistas, que leva à ruina (Pv. 21.5). As pessoas que não conseguem controlar seus hábitos consumistas acabarão sem nada (Pv. 21.17).

2. PROVÉRBIOS E O USO DO DINHEIRO
O sábio destaca, a princípio, as limitações do dinheiro, definitivamente ele não pode comprar tudo, não pode livrar as pessoas da condenação (Pv. 11.4), não dura para sempre, tem um caráter efêmero (Pv. 23.5; 27.4), sequer é digno de confiança (Pv. 11.28), por isso devemos depositar nossa esperança em Deus (Pv. 28.25). Mas o dinheiro não necessariamente é algo ruim, na verdade, pode ser utilizado para fazer o bem. Quando corretamente utilizado, pode diminuir os estresses e evitar alguns problemas (Pv. 10.15). Ademais, os filhos, se forem sábios, poderão desfrutar da herança deixada pelos pais (Pv. 13.22), a esposa também exerce papel fundamental no bom uso dos recursos (Pv. 31.18). Mas é preciso ter cuidado, pois o dinheiro pode ser extremamente danoso para as pessoas, principalmente no que tange aos relacionamentos. Isso porque, infelizmente, existem favoritismos por causa do dinheiro, os ricos acabem sendo bem tratados, enquanto que os pobres são menosprezados (Pv. 14.20). As pessoas que têm dinheiro não conseguem identificar com facilidade quem são seus reais amigos, pois muitos se aproximam por interesse (Pv. 19.4). Aqueles que não têm dinheiro são abandonados justamente porque as pessoas se voltam para as que têm mais dinheiro (Pv. 19.4). Os que têm muito dinheiro não conseguem encontrar descanso, costumam viver no isolamento, pois comumente são perseguidos por ladrões ou sequestradores (Pv. 13.8). Aqueles que têm recursos financeiros são pessoas fúteis, não conseguem se interessar por conhecimentos valiosos. Os pobres com entendimento percebem a mediocridade dessas pessoas (Pv. 28.11). Além disso, não podemos deixar de destacar que muitas pessoas na verdade não têm dinheiro, apenas vivem uma mentira, como se tivessem, para agradar a sociedade (Pv. 13.7). Ao invés de querer dominar os mais pobres, e se assenhorarem sobre eles (Pv. 22.7), os ricos deveriam reconhecer que foi Deus quem criou tanto um quanto ao outro (Pv. 22.2). Ao invés de serem vaidosos, por causa do dinheiro, os ricos precisam pôr em prática a generosidade (Pv. 11.24,25). Deus é testemunha daqueles que oprimem os mais pobres, e querem tirar vantagem das suas necessidades, tais pessoas cairão em ruína (Pv. 22.16).

3. VISÃO CRISTÃ SOBRE O DINHEIRO
A abordagem de Jesus em relação ao dinheiro é radical, Ele se posiciona contra o acúmulo de riquezas na terra, orienta as pessoas a entesourarem no céu (Mt. 6.19-21). Essa é a resposta de Jesus a ansiedade que assola a sociedade moderna. Ao invés de estarem preocupados com muitas coisas, ansiosos pelas vicissitudes da vida, devemos aprender a confiar em Deus, na Sua providência (Mt. 6.24,25). Por isso, quando se encontrou com o jovem rico, orientou para que esse entregasse seus bens materiais aos pobres, mas ele foi incapaz de fazê-lo (Mt. 19.16-22). A conclusão de Jesus, em virtude do apego daquele jovem às riquezas foi a seguinte: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt. 19.23,24). Ao invés de enfocar demasiadamente as riquezas, Jesus ensina que devemos buscar, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça e que as demais coisas – apresentadas no contexto, e não todas como dizem alguns – os serão acrescentadas (Mt. 6.33). Em suas epístolas, Paulo orienta os primeiros crentes em relação ao uso do dinheiro. Ao escrever aos Coríntios nos apresenta o modelo de Jesus em relação à riqueza e a pobreza. Diz ele: “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (II Co. 8.9). A riqueza a respeito da qual trata o Apóstolo, nesse texto, não é material, tendo em vista que, ao escrever a Timóteo, alerta a respeito do perigo das riquezas (I Tm. 6.9,10). A orientação apostólica é a de que há maior felicidade em dar do que em receber (At. 20.35), por isso, Deus ama a quem dar com alegria (II Co. 9.7). A moeda mais valiosa para o cristão é o exercício da piedade, que a fonte de lucro (I Tm. 4.8).

CONCLUSÃO
A partir do Livro de Provérbios, e do Novo Testamento, destacamos algumas orientações práticas quanto ao uso do dinheiro: 1) não devemos confiar nas riquezas, mas em Deus, que é nosso Provedor (Mt. 6.24); 2) diante de uma sociedade consumista, devemos pedir sabedoria a Deus, para saber usar corretamente o dinheiro (Tg. 1.5); 3) a honestidade é uma prática cristã, não apenas diante de Deus, mas também dos homens (II Co. 8.21); 4) não devemos esquecer que um dia prestaremos contas a Deus, inclusive do modo como gastamos nosso dinheiro (Rm. 14.10; 5) sejamos cuidadosos em relação ao dinheiro, aprendamos a exercitar a piedade com contentamento (I Tm. 6.6-10); 6) a utilizar os recursos em coisas benéficas, principalmente para a obra do Senhor  (Fp. 4.14); 7) em uma sociedade individualista, sejamos generosos, atentos às necessidades dos outros (II Co. 9,6,7); 8) o dinheiro do cristão deve ser ganho com honestidade, no temor do Senhor, e gasto com sabedoria (At. 24.16; II Ts. 3.7-9); 9) é preciso ter cuidado para não se deixar dominar pela ganância, e pelo consumismo (Ef. 5.3); e 10) o segredo é aprender a viver em contentamento, para não contrair dívidas desnecessárias, que comprometerão a renda familiar (Hb. 13.5).

ELABORADO POR: Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

BIBLIOGRAFIA
KIDNER, D. Provérbios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1980.
ORTLUND JR. R. C. Proverbs: wisdom that works. Illinois: Crossway, 2012.



terça-feira, 1 de outubro de 2013

O VALOR DOS BONS CONSELHOS


Texto Áureo: Pv. 1.7 
Leitura Bíblica: Pv. 1.1-6

INTRODUÇÃO
Ao longo deste trimestre estudaremos os livros sapienciais de Provérbios e Eclesiastes. Esses dois textos bíblicos tratam a respeito da sabedoria, não a dos homens, mas a de Deus. Na lição de hoje faremos uma apresentação panorâmica desses livros, destacando sua importância não apenas no cenário judaico, mas principalmente no cristão. A leitura centralizada no evangelho dessas orientações fará com que homens e mulheres sejam sábios, sobretudo tementes a Deus.

1. A SABEDORIA DOS HOMENS E A SABEDORIA DE DEUS
O conhecimento e a sabedoria sempre cativaram os seres humanos, a investigação a respeito das coisas é justamente a origem da filosofia. Esse ramo do conhecimento humano trata da possibilidade do conhecimento, e também do próprio conhecimento da realidade. O termo filosofia vem da junção de duas palavras grega, filo (amigo) e sofia (sabedoria). Os filósofos, por conseguinte, são amantes da sabedoria. Os gregos se destacaram por serem versados na filosofia, entre eles estiveram grandes filósofos, tais como Platão e Aristóteles. O conhecimento filosófico, nos dias atuais, está desassociado da revelação bíblica. Antigamente, nos tempos de Agostinho, havia uma relação profícua entre filosofia e teologia. Mas com o advento do Iluminismo, a Era da Razão, o pensamento humano se desvinculou da revelação. Essa é a principal diferença entre Filosofia e Teologia Crista, enquanto que a primeira se baseia na mera razão, a última está alicerçada na revelação. Na Bíblia a palavra sabedoria também tem um significado primordial, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A palavra hebraica hokmah diz respeito ao conhecimento intelectual, e tem a ver, por exemplo, com a compreensão (Pv. 10.23). A fonte da sabedoria, nos livros sapienciais, é o próprio Deus (Jó 28.20-23). O salmista, bem como os autores dos Provérbios, assume que o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria (Sl. 111.10). Esse tipo de sabedoria, na perspectiva judaica, precisa ser diferenciado do simples conhecimento. Isso porque a sabedoria é uma aplicação prática, daqueles que atentam para os conselhos de Deus (Pv. 13.10). O capítulo 8 de Provérbios é um arauto à sabedoria divina, pois antes mesmo da criação, a sabedoria já se encontrava com Deus (Pv. 8.22-31). No Novo Testamento, o termo grego para sabedoria é sophia, que também denota a capacidade para a compreensão (At. 6.3), mas diferentemente da sabedoria dos homens, que é falsa (Cl. 2.23), a de Deus é dada pelo Espírito (I Co. 2.5-16). A sabedoria de Deus é o próprio Jesus, nEle repousa a plenitude da revelação de Deus, a mensagem da cruz é loucura para os homens. Mas Deus destrói a sabedoria dos sábios, no Cristo Crucificado se encontra a ápice da mensagem divina (I Co. 1.17-19; 2.1-2; ; Hb. 1.1-3).

2. O LIVRO DE PROVÉRBIOS: O PRINCÍPIO DA SABEDORIA
O livro de Provérbios mostra que a sabedoria voltada para Deus é condição fundamental para viver. O livro, em linhas gerais, pode ser assim dividido: o valor da sabedoria (Pv. 1.1-1.7), conselhos de um pai sobre a vida (Pv. 1-9), os princípios de sabedoria para a vida piedosa (Pv. 10-24), os princípios de sabedoria para relações saudáveis (Pv. 25-29), a humildade, a vida justa, o aprendizado com a sabedoria (Pv. 30), e a descrição da mulher virtuosa (Pv. 31). O livro de Provérbios foi compilado por volta de 950 d. C. O tema central do livro são as escolhas que as pessoas fazem na vida, para alguns ter uma vida boa é desfrutar de prazer, para outros, é servir e temer a Deus. O autor, Salomão, filho de Davi, destaca seu propósito em Pv. 1.2-6, destacando a importância de buscar a sabedoria, para viver bem. Certo pensador bem destacou que ler provérbios é fácil, toma apenas alguns segundos, memoriza-los também, em minutos, mas vive-los leva a vida toda. O versículo-chave de Provérbios se encontra em Pv. 1.7, no qual nos deparamos com a máxima: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”. A expressão “o temor do Senhor”, nos livros de sabedoria, significa que devemos amar a Ele, não ter medo. João, em sua Epístola, já destacou que o perfeito amor retira todo medo, no amor não há terror, antes obediência (I Jo. 4.18). O capítulo 3 de Provérbios destaca os conselhos de um pai para seu filho, ele alerta quanto aos perigos da vida, especialmente sobre a sexualidade. O principal conselho se encontra em Pv. 3.5,6, a fim de que o filho confie no Senhor de todo coração, e que não se fundamente no seu próprio entendimento. No capítulo 8, dois caminhos da vida são personificados, um através da sabedoria, o outro pela tolice. No capítulo 10 Salomão trata a respeito de vários aspectos da vida, e dá conselhos diversos, principalmente para os momentos de tomada de decisão. O livro de Provérbios ressalta a limitação do conhecimento humano (Pv. 14.12). O sucesso, nesse texto sapiencial, nada tem a ver com os cursos de motivação oferecidos no mercado. Ter êxito, para o homem e a mulher piedosa, significa confiar em Deus (Pv. 16.20-22). Ao longo do livro há conselhos diversos, a respeito do controle das emoções (Pv. 16.32). Tal como em Gl. 5.22, a maturidade é resultante do equilíbrio, da observância de algumas virtudes, produzida no relacionamento com Deus. O domínio da língua é importante nos conselhos de Provérbios, pois mesmo o tolo passa por sábio ao ficar calado (Pv. 17.28). O relacionamento amoroso também tem seu lugar nesse livro, aqueles que encontram um cônjuge, recebem o favor de Deus (Pv. 18.22). A natureza da vida humana também é discutida em Provérbios (Pv. 20.27). A relevância da orientação aos filhos, ensinando-os no caminho justo, é um procedimento sábio (Pv. 22.6). O capítulo 25 inicia uma segunda coleção de Provérbios de Salomão, a respeito de assuntos diversos. Em Pv. 28.27 aprendemos que nenhum homem é uma ilha, que todos estamos interligados. Por isso, devemos nos preocupar com aqueles que se encontram em condição de necessidade. Os capítulos 30 e 31 tratam a respeito da busca pela satisfação e da mulher virtuosa. Esse é um livro que deve ser lido e relido, a fim de crescermos em sabedoria, e para aplicar seus princípios, avaliados sempre à luz do evangelho.

3. O LIVRO DE ECLESIASTES: SABEDORIA COMO OBEDIÊNCIA
O Livro de Eclesiastes se destaca por ser o único livro das Escrituras que reflete um ponto de vista humano, não divino da existência. Isso não quer dizer que não seja inspirado, o Espírito soprou sobre o autor, para revelar posicionamentos humanos (II Tm. 3.16,17). Por isso precisa ser lido com base na revelação de Deus, não como um texto dogmático. Existem críticos das Escrituras que utilizam as passagens desse livro para distorcer a Palavra de Deus. Não podemos esquecer que cada aspecto da vida, no livro de Eclesiastes, é analisado “debaixo do sol”. A visão humana da realidade é limitada, se encontra em uma perspectiva horizontal, inclusive da revelação divina. Eclesiastes, como o próprio título o expressa, é o livro do homem da assembleia, o Qoelet em hebraico. Esse é Salomão, o filho de Davi, rei de Jerusalém, um homem sábio, que investiga o sentido da vida. O livro pode ser assim dividido: 1) declaração da inutilidade de tudo (Ec. 1.1-11); 2) investigações e demonstração da inutilidade da vida longe de Deus (Ec. 1.12-6.12); e 3) conclusão e conselho a “temer o Senhor” (Ec. 7-12). O versículo-chave de Eclesiastes se encontra em Ec. 1.2, em que está escrito que “tudo é vaidade”. A palavra “vaidade”, nesse livro, diz respeito à “vanidade”, isto é, a ausência de sentido em tudo que se faz. O universo, como também é percebido atualmente pela ciência, é visto como uma engrenagem (Ec. 1.6,7). Essa visão científica pode reduzir a natureza a um mero maquinário, a ideia de um motor, como concebido por Aristóteles. A consequência é uma percepção da vida como conjunto de células, e do universo como um engenho, sem a intervenção divina. Como a vida é desprovida de significado nesse contexto, o autor do Eclesiastes pensa que o prazer pode ser a única coisa que faz sentido (Ec. 2.1). Ou, quem sabe, as posses, as riquezas materiais, algo que tem sido amplamente aceito na sociedade moderna (Ec. 2.9,10). Até mesmo o conhecimento não passa de vaidade, pois ao final, os diplomas ficarão na parede, a única coisa que permanece é a sabedoria (Ec. 2.13-17). No capítulo 3, a semelhança dos filósofos modernos, tais como Neitzche, Heidegger e Sartre, o pensador existencialista adere ao fatalismo. O vazio o levou à conclusão que somente pode viver no tempo, para o qual tudo tem um propósito (Ec. 3.1-4,11). Nos capítulos 4 e 5 o pensador lamenta a opressão que visualiza no mundo dos negócios, e que até mesmo a religião não faz sentido. Nos capítulos 6 e 7 o homem da assembleia constata que o rico não encontra satisfação no que tem, e que a felicidade e a tristeza são as mesmas coisas, que o rico e o pobre perecem de igual modo (Ec. 7.15). No restante do livro, dos capítulos 8 a 10, Salomão avalia que apesar dos nossos esforços, a vida é extremamente injusta, e desprovida de significado.

CONCLUSÃO
O final do livro de Eclesiastes ecoa com o tema do livro de Provérbios, a máxima que somente o temor do Senhor é verdadeira sabedoria. Ao avaliar todas as coisas “debaixo do sol”, o homem da assembleia conclui que precisamos “lembrar do Criador” e que temê-LO é o dever de todo homem (Ec. 12.13,17). O sentido da vida, nos livros de Sabedoria, está justamente em temer, e amar o Senhor, em obediência, fora a isso, a vida é pura vaidade, é “correr atrás do vento”.

ELABORADO POR Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

BIBLIOGRAFIA
ATKINSON, D. The message of Proverbs. Leicester: Inter-Varsity Press, 1996.

DEREK, K. A mensagem de Eclesiastes. São Paulo: ABU Editora, 1989.