Texto Áureo: Gn. 2.24
Leitura
Bíblica: Gn. 1.27-31; 2.18-24
INTRODUÇÃO
Diferentes modelos de casamentos são apresentados à
sociedade, principalmente na mídia, como alternativos. Mas, de acordo com a
Bíblia, a Palavra de Deus, existe apenas um padrão bíblico para o casamento. Na
lição de hoje, mostraremos, a princípio, que a Bíblia, a Palavra de Deus,
determina como deve ser o casamento, ainda que as culturas modernas, e
pós-modernas, queiram impor seus modelos antibíblicos.
1. BÍBLIA, PALAVRA DE DEUS
Um dos objetivos principais daqueles que se opõem
ao padrão bíblico para o casamento, é descredenciar a autoridade da Bíblia.
Para tanto, afirmam que a Bíblia não passa de um livro humano, e que, por isso,
é produto da cultura e de uma época. Por conseguinte, tentam inculcar na
sociedade que os valores exarados nas Escrituras não mais se aplicam aos dias
atuais. É muito comum ouvir expressões tais como “papel cabe tudo”, ou “a
Bíblia é a palavra de homens”. No entanto, uma análise criteriosa da Bíblia
mostrará que ela apresenta consistência interna e externa que comprava que se trata
de Palavra de Deus, não apenas de homens. A Bíblia não é apenas um livro, mas
uma biblioteca – bíblia, plural de livros em grego, composta de 66 livros,
sendo 39 do Antigo e 27 do Novo Testamento. Os textos foram escritos por
homens, ao longo de 1.500 anos, a divisão em capítulos e versículos foi feita
no século XV d. C. A Bíblia, ainda que tenha sido escrita por humanos, não é
exclusivamente humano, pois, conforme aponta Pedro, ela foi inspirada por Deus
(II Pe. 1.20,21). Paulo assegura que toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, é
divinamente inspirada, theopneustos em grego, isto é, soprada por Deus (II Tm.
3.16,17). Por conseguinte, ela é proveitosa, é útil para revelar os desígnios
de Deus, e principalmente, para sua santificação em Jesus Cristo. Tudo o que
foi escrito nas Escrituras tem um propósito, Deus, Aquele que inspirou os
autores humanos, assim o fez para a edificação do Seu povo (Rm. 15.4; I Co.
10.11). Por isso a Bíblia deve ser amada e estudada por todos aqueles que
professam a fé cristã (I Pe. 3.15; II Tm. 2.15; Is. 34.16; Sl. 119.130). A
principal razão para considerar a Bíblia é que o Senhor Jesus lhe conferiu
autoridade (Jo. 7.17), tendo em vista que as Escrituras testificam a respeito
dEle (Lc. 24.44). Mas é preciso que a Bíblia seja interpretada apropriadamente,
atentando para o texto e o contexto, com discernimento espiritual (I Co. 2.14),
reconhecendo também nossas limitações (I Co. 13.12).
2. A COSMOVISÃO HUMANA SOBRE O
CASAMENTO
O pressuposto daqueles que defendem modelos diferentes
de casamento, conforme já apontamos anteriormente, é o de que a Bíblia é um
livro meramente cultural, por conseguinte, pode ser questionado. A cultura, de
fato, é uma produção humana, e, em sua vertente antropológica, não existem
culturas superiores ou inferiores, todas elas são diferentes. A Bíblia também
está repleta de aspectos culturais, costumes que variaram de geração para
geração. No entanto, há princípios da Bíblia que são supraculturais, isto é,
estão para além das culturas locais, e transculturais, podem ser aplicados em
todas as culturas, pois a Palavra de Deus é eterna, viva e eficaz (Ml. 3.6; Hb.
4.12). As propostas de casamento, ou contratos que tramitam nas legislações
humanas, estão fundamentadas na cosmovisão humanista. O fundamento não é a
Bíblia, mas a filosofia pós-moderna, que se sustenta no princípio relativista –
não existe verdade, apenas vontade de verdade. Os defensores do casamento
poligâmico, homossexual e dissolúvel não têm compromisso com a verdade bíblica,
justamente porque não acreditam que ela seja a verdade. Os países que adotaram
modelos alternativos, diferenciados da Bíblia, para o casamento, são aqueles
que podem ser categorizados como pós-cristãos. O Brasil ainda é considerado um
dos principais países cristãos do mundo, mesmo que muitos dos que são
contabilizados como cristãos não passam de nominais. Por isso, mesmo aqueles
que se dizem cristãos, por desconhecerem a Bíblia, apoiam projetos e propostas
legislativas para o casamento que nada têm de bíblicas. Aqueles que professam a
fé em Cristo, e que são verdadeiramente cristãos, por conhecerem as Escrituras,
que não podem se afastar dos padrões bíblicos para o casamento.
3. O CASAMENTO BÍBLICO
O princípio fundamental do casamento bíblico é o de
que Deus, e não os homens, o ordenou, portanto o casamento não é uma opção, mas
uma orientação divina. A primeira cerimônia de casamento foi realizada pelo
próprio Deus no Jardim do Éden (Gn. 1.28), tornado homem e mulher, uma só carne
(Gn. 2.24). A união do primeiro homem e mulher no Éden reafirma o modelo
bíblico para o casamento: monogâmico, heterossexual e indissolúvel. A natureza
pecaminosa, carnal, impulsionou os primeiros homens à bigamia e poligamia (Gn.
4.18; 5.25), que resultou em invejas e intrigas (I Sm. 1.4-8). Os patriarcas,
que optaram pela poligamia, pagaram um custo alto pela decisão (Gn. 29.21-23;
28-31; 30.1-10), bem como os reis de Israel (I Rs. 11.4.7-9). No Novo
Testamento, tanto Jesus quanto Paulo foram contundentes quanto à
proibição da poligamia (Mt. 19.3-6; I Co. 7.1,2), não permitindo que essa fosse
uma prática comuns entre os cristãos, especialmente entre aqueles que atuam no
ministério pastoral (I Tm. 3.2,12). A heterossexualidade é outro aspecto do
casamento cristão, já que Deus criou “macho e fêmea” (Gn. 1.26; 2.24). Na
religião judaica, o homossexualismo deveria ser punido com a morte, sendo este
considerado uma abominação aos olhos de Deus (Lv. 18.22). Não há brecha para a
prática homossexual no contexto cristão, sendo essa reprovada pelo apóstolo Paulo
(Rm. 1.26). Mas isso não deve ser motivo para homofobia, não podemos esquecer
que Jesus ama a todos, inclusive aos homossexuais, por isso, devemos orar por
eles, e conduzi-los à verdade, que é Cristo. Não podemos esquecer que todos
pecaram (Rm. 3.23), não apenas os homossexuais, e que o salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna (Rm. 6.23). O casamento
cristão deve ser indissolúvel, portanto, não separe o homem o que Deus ajuntou
(Mt. 19.6). Leis e mais leis estão sendo criadas pelas autoridade a fim de
favorecer o divórcio, mas os cristãos seguem o princípio bíblico para o
casamento, por isso, independentemente das leis humanos, optam por obedecer
antes a Deus do que aos homens (At. 5.29).
CONCLUSÃO
Vivemos em uma cultura pós-moderna, e pós-cristã,
que nega o Absoluto, e defende o relativismo. Diante desse contexto, nós, os
cristãos, precisamos nos fundamentar na doutrina bíblica. No que tange ao
casamento, o modelo bíblico é o monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Não podemos,
enquanto cristãos comprometidos com a Palavra, fazer concessões. Os modelos
humanistas, que estão sendo admitidos na sociedade contemporânea, têm
fundamentação na filosofia, não na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus.
ELABORADO POR: Profº. José Roberto A. Barbosa
BIBLIOGRAFIA
ADAMS, J. E. A vida cristã no lar. São Paulo: Fiel,
2011.
KOSTENBERGER, A. J. JONES, D. J. Deus, Casamento e Família: reconstruindo o fundamento bíblico.
São Paulo: Vida Nova, 2011.
FONTE: www.subsidioebd.blogspot.com
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