Texto Áureo: Pv. 22.6
Leitura
Bíblica: I Sm. 2.12-14, 17, 22-25
INTRODUÇÃO
Cada vez mais os filhos se mostram rebeldes, isso
porque, além da natureza caída (Gn.8.21), vivemos em uma cultura de
contestação. Os programas televisivos e até mesmo a escola, acabam por incitar
os filhos à desobediência. Na aula de hoje aprenderemos a respeito da
importância de uma visão bíblica que, amorosamente, conduza nossos filhos à
obediência, a fim de que esses crescem no caminho do Senhor.
1. OS FILHOS NA BÍBLIA
Filhos – yeled em hebraico – têm a ver com os
filhos de forma geral, sejam eles do sexo masculino ou feminino. A paternidade,
na Bíblia, é uma demonstração do favor divino, principalmente para o povo
israelita, tendo em vista a promessa messiânica. Por essa razão, a chegada de
um filho era sempre festejada com gratidão e alegria (Sl. 127; 128.3; 113.9). A
religiosidade judaica recomendava, como parte da aliança com Deus, a
circuncisão ao oitavo dia de nascimento do menino (Gn. 17.10; Lv. 12.3). O
primogênito da família ocupava lugar de destaque entre os demais, e todos eram
iniciados no ofício do pai. Este também era responsável pela educação dos
filhos, que tinha não apenas aspecto profissional, mas principalmente moral e
religioso (Ex. 13.8; Dt. 4.9,10; 6.4-7; 7.9; Js. 4.4-8). Cabia aos pais dar aos
filhos a devida correção (Ex. 21.15-17; Dt. 21.18-21) e assumir
responsabilidades em relação a eles (Pv. 22.6; Ef. 6.4; Cl. 3.21; I Tm. 5.8;
Tt. 2.4). Os filhos também deveriam portar-se com respeito em relação aos seus
pais (Ex. 20.12; Ef. 6.1-3; Cl. 3.20). Na cultura judaica, a escola formal
somente surgiu por volta do primeiro século antes de Cristo, como uma extensão
da sinagoga, os filhos eram ingressados na prática da memorização da Torah logo
a partir dos cinco e seguiam até os treze anos de idade. A partir de então o
jovem passava a fazer parte da corte masculina e poderia recitar o Shema, além
de jejuar com regularidade e fazer as peregrinações.
2. FILHOS REBELDES
A rebeldia de um filho era motivo de vergonha na
cultura judaica, destacamos, na Bíblia, alguns exemplos: Hofni e Finéias,
filhos de Eli (I Sm. 1.3; 2.12-34), Absalão, filho de Davi (II Sm. 13;
15.13-29). Filhos rebeldes, ao longo da Bíblia, pagavam um preço alto, podendo
ser punidos com a morte (Ex. 21.15-17; Lv. 20.9). Mas esse pecado de vez em
quando se tornava comum entre os israelitas (Ez. 22.7; Pv. 19.26), o próprio
Jesus condenou o desrespeito aos pais (Mt. 15.4-9). Nos dias atuais também nos
deparamos com a rebeldia dos filhos. As causas são as mais diversas, a
principal é a secularização das famílias. Ao invés de serem instruídos pela
Palavra de Deus (Dt. 6.4,9; Rm. 16.5), os filhos estão tendo contato com meios
de comunicação que os incentiva à desobediência. A programação televisiva é uma
das principais responsáveis pela rebeldia dos filhos. A correria da vida moderna
também é um fator desencadeador da rebeldia, já que os filhos não são ensinados
(Pv. 22.6, 15) devido ao pouco tempo dos pais. A televisão se torna a babá
eletrônica e a escola fica sozinha responsável pela educação dos filhos,
incitando, às vezes, a contestação. Há casos em que os filhos apenas têm
direitos, os deveres são esquecidos, e os pais não podem mais discipliná-los.
Outro fator que conduz à rebeldia é a cultura do consumo, os filhos não
conseguem aprender, a menos que sejam ensinados, que a vida não consiste nos
bens materiais (Lc. 12.15). Quando isso não é percebido, o lar se torna um
ambiente de conflito, gritarias, desrespeito e estresse. Os estudos comprovam
que os filhos podem refletir aquilo que veem nos pais. Por conseguinte, a
rebeldia dos filhos pode ser um espelho do temperamento dos pais, mesmo que
esses não se apercebam dessa realidade.
3. LIDANDO COM A REBELDIA
Os pais precisam assumir posição de autoridade no
lar, o próprio Deus instituiu a autoridade (Rm. 13.1-5). O liberalismo predominante
nos lares modernos não tem o respaldo bíblico, a própria psicologia começa a
rever seus conceitos. Filhos que são criados sem limites podem acabar indo
longe demais (Pv. 29.15-17). Por isso, devemos resgatar a correção, sabendo que
esse é um ato de amor (Hb. 12.6), e que essa nada tem a ver com espancamento. A
disciplina, quando aplicada com sabedoria, é um ato de amor e os filhos devem
percebê-la como tal (Ef. 4.2). Os pais não podem demonstrar satisfação pela
punição, e serem cuidados para não se tornarem a causa da rebeldia (Ef. 6.4). A
fim de evitar que os filhos se tornem rebeldes é necessário: 1) ouvir não
apenas com os ouvidos, mas também com o coração (Tg. 1.19); 2) ter atitudes
positivas nos relacionamentos (Pv. 1.8); 3) demonstrar amor pelo cônjuge (Ef.
5.33); 4) não demonstrar favoritismo entre os filhos (Tg. 2.1); 5) encorajar
seus filhos nas decisões (Sl. 127.3); 6) não hesitar em pedir perdão quando
necessário (Mt. 5.23,24); 7) não ter receio de estabelecer limites (I Ts. 4.1);
8) ser coerente com os limites estabelecidos (Pv. 19.18); 9) aprender a lidar
com as próprias emoções (Cl. 3.8); e 10) basear sua disciplina no amor (Ap.
3.19). Alguns princípios positivos ainda podem ser destacados: trate seus
filhos com respeito (Cl. 3.21), expresse seus limites e interesses (I Ts. 4.1),
encoraje e dê oportunidade para que eles se desenvolvam e assumam
responsabilidade (Pv. 17.25), retribua com um elogio (I Ts. 5.11) e evite
repreensões em público (Pv. 24.3,4).
CONCLUSÃO
Somos mordomos dos nossos filhos, eles não nos
pertencem, são propriedade do Senhor (Sl. 127.3,4). Por esse motivo, devemos
investir na formação deles, e fazer o possível para entregá-los ao Senhor. É
bem provável que não consigamos ganhar o mundo inteiro para Cristo, mas faremos
muito se levarmos os nossos filhos até Ele, tal como fez Noé, ao conduzir todos
à arca (Gn. 6.18). Oremos pelos nossos filhos, e os ensinemos nos caminhos
santos do Senhor, a fim de que eles não venham a se desviar dEle (Pv. 22.6),
isso não é uma promessa, mas tem grandes possibilidades de acontecer.
ELABORADO POR - JOSÉ ROBERTO A. BARBOSA
BIBLIOGRAFIA
CAMPBELL, R. Como realmente amar
seu filho rebelde. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
GRAYBBOWSKI, C., GRAYBBOWSKI, D. F. Pais santos, filhos
nem tanto. Viçosa: Ultimato, 2012.
FONTE: www.subsidioebd@blogspot.com
ResponderExcluirMinha filha tem 16 anos e acompanho tudo o que ela faz no celular sem ela saber, tenho medo que algo de ruim possa acontecer ou que ela se envolva com alguma pessoa errada, o programa que uso é esse Espião de WhatsApp: https://www.syncsoft.com.br/spymaster/rastreador-de-celular.html